segunda-feira, 23 de junho de 2008

I Encontro Regional Sudeste-Programa Universidade sem Fronteiras

Nos dias 19 e 20 deste mês aconteceu o I Encontro Regional Sudeste do Universidade sem Fronteiras,realizado na UEPG.Nosso projeto foi destaque na mídia local e estadual.O subprojeto da professora,Andreia Przybiovic foi exposto durante o primeiro dia de encontro e serviu como modelo de incentivo e implementação ao apoio as licenciaturas. Segue abaixo a reportagem do jornal Diário dos Campos e algumas fotos do Encontro.

"Conhecimento é poder".


Cento e vinte e quatro municípios de todo o Par
aná estão tendo a oportunidade de verificar mudanças em parte de sua realidade. A fórmula é simples e parte do incentivo à educação, à solidariedade e à abertura das portas das universidades estaduais do Paraná. Trata-se do projeto ‘Universidade sem Fronteiras’, idealizado em 2007, mas que começou a colher resultados este ano. Somente a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desenvolve ações em parceria com a comunidade de 22 municípios, totalizando 18 projetos que estimulam o aperfeiçoamento, além da geração de emprego e renda, em localidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Para tanto, o investimento não é pequeno. No total, são destinados pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) mais de R$ 10 milhões, sendo R$ 1,1 milhão para a UEPG.
“Este é o nosso maior programa de extensão universitária que garante inserção na comunidade e a possibilidade de os acadêmicos conhecerem a realidade de outras regiões”, explica o reitor da UEPG, João Carlos Gomes.
Para estimular a partic
ipação dentro das instituições, são oferecidas bolsas de estudo a acadêmicos, professores e recém-formados, além de veículos destinados integralmente ao transporte para essas regiões atendidas. “Mas é importante ressaltar que não se trata de um programa de assistencialismo. Os participantes fazem um diagnóstico e propõem mudanças através dos projetos apresentados”.
Da UEPG participam 70 alunos de graduação, com bolsas de R$ 300; 35 recém-graduados, que contam
com auxílio de R$ 940; e 43 professores orientadores com bolsas mensais de R$ 483. “Temos 148 bolsas distribuídas até o momento”.

Formação humana é o objetivo

A escolha dos municípios é feita através de estudo realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). “É através dos índices divulgados pelo instituto que as cidades com menor IDH são escolhidas”, acrescenta a secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto.
O grande objetivo é reduzir as desigualdades regionais, fazendo com que as universidades exerçam o seu papel social. “O ‘Universidade sem Fronteiras’ está permitindo o desenvolvimento da popularização da Ciência e Tecnologia, ocasionando na melhoria da qualidade de vida das comunidades”.
Ainda conforme Lygia, resultados estimulantes já foram percebidos. Em Corumbataí do Sul, noroeste do Estado, os alunos da F
aculdade de Campo Mourão conseguiram estimular a criação de cooperativa de produtores de maracujá. “Lá, o trabalho permitiu o aumento do preço de venda do produto, através do direcionamento de frutos a indústrias de produção de suco. Agora, os produtores e acadêmicos estão desenvolvendo técnicas que permitam a produção do suco na própria cooperativa”.
Mas as mudanças vão além. De acordo com Lygia, estimular a inserção de acadêmicos em realidades diferentes permite a formação humana. “Não podemos nos preocupar em formar apenas técnicos, precisamos estimular a formação humana. Isso pode mudar as ações desses jovens, geralmente de classe média, que acabam entrando no mundo do crime, cometendo atrocidades”.

Projeto garante resgate da cultura

Um dos projetos desenvolvidos pela UEPG está garantin
do o resgate da cultura e da história do município de Irati. Ao todo, são 39 pessoas envolvidas, incluindo alunos e professores da UEPG e da Escola Estadual Antonio Xavier da Silveira, instalada na cidade. “Estamos resgatando a história de um monumento existente na cidade conhecido como ‘Santa’”, explica a professora da escola estadual, Andreia Przybiovic. O objetivo, através desse resgate, é a preservação do patrimônio e a criação de um órgão municipal de tombamento. “Pretendemos estimular e propor que se crie uma lei de proteção a esse patrimônio”.
Para os alunos do ensino médio, os benefícios superam o objetivo da manutenção da cultura local. “Com o projeto, mudei minha percepção de tudo. Eu nem tinha noção do que era um patrimônio. Hoje, luto para que a ‘Santa’ se torne um monumento histórico”, diz o estudante do 1º ano do Ensino Médio, Gilberto Soares.
Além de Irati, as cidades de Imbituva, Ivaí, Guamiranga e Prudentópolis também são alvo do trabalho em prol do patrimônio histórico. “Alunos do Ensino Fundamental e Médio são envolvidos em cada um desses municípios. Isso permite um processo de educação patrimonial dos adolescentes e a formação continuada dos professores”, avalia a coordenadora de projetos e professora do Departamento de métodos da UEPG, Silvana Carvalho.

Fonte:Diário dos Campos
Fotos:Arquivo pessoal João Vinicius

Powered By Blogger